Acolhimento dos Novos Servidores do Ministério da Saúde

Hoje começamos mais uma atividade em parceria do Núcleo de Estudos em Saúde Pública (NESP/UnB), Departamento de Saúde Coletiva e Ministério da Saúde. Trata-se do Acolhimento aos novos Servidores do Ministério da Saúde.

Aproveito para compartilhar o texto de boas vindas que foi enviado hoje para esses novos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).

SEJAM BEM-VINDOS À UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB

A tarde desta segunda-feira (05/08) será diferente para a Universidade de Brasília, sobretudo para o Núcleo de Estudos em Saúde Pública - NESP, para o Departamento Saúde Coletiva, da Faculdade de Ciências da Saúde, e para a Faculdade de Ceilândia, por acolher os novos 500 servidores, recém ingressos do concurso de Analistas Técnicos de Políticas Sociais/MPOG, a serem lotados nas Secretarias e Departamentos do Ministério da Saúde (MS).
Durante essa semana desejamos, em nome dos professores desta casa, dos estudantes, e pesquisadores envolvidos na corresponsabilidade junto à Coordenação de Desenvolvimento de Pessoas – CODEP/Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas/ SAA/SE/MS, que todos possam pensar livremente, para isso, abrimos as portas da UnB, para que cada um (a) possa pensar e agir livremente.
Que essa casa, originalmente pensada por Darcy Ribeiro, seja fonte de inspiração e inquietações para a sua futura “morada”: o Ministério da Saúde. Que naquela Instituição, possa fazer do tempo de vida profissional o melhor dos tempos.
Tempo esse dedicado, sem medos, com liberdade e autonomia à construção e/ou reconstrução das políticas públicas de saúde em defesa do nosso maior patrimônio: O Sistema Único de Saúde.
O fato extraordinário de escolher tornar-se servidor público já faz de vocês sujeitos coletivos diferenciados. E como tal tem o compromisso ético político para edificação de um país saudável e civilizado no sentido mais nobre da palavra.
Que os ventos das árvores que embalam essa casa - a casa do pensar e do saber iluminem os corações e mentes de cada um (as) de vocês na busca incansável pelo direito a ter direito. E esse com liberdade nos dizeres Hannah Arendt quando nos instiga a entender a liberdade como manifestação do homem no espaço público, mediado pela ação e pela linguagem.
Para ela, política sem liberdade é uma compreensão distorcida de política, tanto quanto conceber liberdade sem política. Esse espaço público é o local onde uma significa a outra. Há nessas esferas uma co-originalidade, em que uma dá suporte à outra no tocante a seu significado.
Desejamos que essa semana sinalize, no futuro, o compromisso de vocês investirem os 35 - 40 anos de suas vidas profissionais na ampliação das capacidades humanas – rumo à liberdade de ser e tornarem-se sujeitos dos seus destinos. Assim dialogando com o Estado e os governos como sujeitos protagonistas, não meros receptores de ações e serviços públicos, nesse particular da saúde.
Não nos custa recordar e viver o que nos ensinou Paulo Freire: “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”. Segundo ele essa ação-reflexão, não necessariamente deve ser por meio de sofrimentos. A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode se dar fora da procura, fora da boniteza e da alegria.

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