Tomo emprestado da teórica política alemã, Hannah Arendt (1906-1975), a expressão banalidade do mal [1] , conceito por ela desenvolvido no conjunto de sua reflexão filosófica e, preocupações acerca das causas e efeitos catastróficos (concretos e simbólicos) dos crimes cometidos na II Guerra Mundial, no regime Totalitarista do Nazismo. Quase duas décadas após o fim da Segunda Guerra Mundial, Arendt publica Eichmann em Jerusalém, fruto dos registros do julgamento de Adolf Eichmann, onde analisa o mal produzido por sujeitos, grupos sociais, que se diziam a serviço do Estado. Ela afirma que este não é um fenômeno natural, de índole individual, se não de atos brotados nas instituições, por homens consentidos, logo, uma opção política de trivializar o mal. Uma ação rotineira de cumprir ordens, sem pensar o sentido moral daquilo que estavam fazendo. O mal se tornava banal. Aquelas atitudes eram trágicas? Reprováveis? Humanitariamente incorretas? Quem teria discernimento moral para decidi-las...
Para ocuparmos os espaços na política, temos travado uma luta hercúlea que atravessa séculos. Há quem aponte que, desde 1932, pelejamos para que nossos direitos tenham valor. Mas foi na saúde, por intermédio da dentista Isabel de Mattos, que surgiu o primeiro requerimento do direito de votar, em 1880. Embora esse direito não tenha durado um ano. No início do século XIX, em Lages (RN), lá no Nordeste, a primeira mulher brasileira foi eleita prefeita. A Câmara Federal viu uma mulher tomar assento em suas cadeiras em 1934. Enquanto o Senado, só veria suas primeiras parlamentares mulheres em 1990. Mas afinal, esse direito já não tinha sido conquistado pelo código eleitoral de 1932? Por que seguimos lutando para tirar as mulheres dos bastidores da política e colocá-las no centro do poder? Porque nunca tivemos esse poder. Melhor, ele sempre foi tutelado. O referido código obrigava os homens a votarem, com exceção para os miseráveis (mendigos) analfabetos e praças. Em seu Art. 121, as m...
(Foto: Jair Amaral/EM) Todos nós sabemos as razões pelas quais o presidente da Petrobras pediu demissão. Ainda assim, vale registrar que desde julho de 2017, o preço da gasolina e do diesel comercializados nas refinarias, disparou mais de 50%, o que acarretou sérias críticas do sindicato dos petroleiros, razão central da greve dos caminhoneiros. Ele, em combinação com o governo, diante dos desgastes e pressões sofridos, por verem o país parar, a população ficar sem gasolina, energia elétrica, gás de cozinha, sem mantimentos (alimentos, medicamentos e outros insumos estratégicos à vida), anuncia a Medida Provisória 839 (edição extraordinária do Diário Oficial da União, 31/05/2018), que retira recursos das políticas públicas, já contingenciadas pelo próprio governo. Sabe quem pagará a conta dessa atitude demagógica do governo em subsidiar o diesel? O povo que necessita da proteção do Estado, em suas necessidades básicas. Para cumprir o gasto extra de R$ 9,58 bilhões, fruto da...
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