A Cidade da Esperança é abandonada pelo poder público
Brasília, cidade projetada para 500 mil pessoas, hoje, com mais de 3 milhões de habitantes no Distrito Federal, revela os descasos históricos dos seus grupos governantes.
Existe descaso maior do que a queda do viaduto, morte anunciada desde 2011?
Mais grave ainda, é a falta de atitude diante dos alertas, sumarizados na conclusão dos auditores sobre o estado de conservação da Ponte do Braghetto, da Passarela de pedestres DF 002, Viadutos do Eixo L (Entre as quadras 215/216 Norte), Eixo W (Entre as quadras 115/116 Norte), Pontes Costa e Silva e das Garças, só para citar alguns espaços (relatório da auditoria do DF), e temor de romper a barragem do Paranoá.
Foto: Reprodução/Twitter/sennaty
Quem paga a conta dos sofrimentos, medos, inseguranças e tristezas, ao verem suas moradias e espaços públicos desabando? A população que paga impostos, cada vez mais altos, sem retornos seguros nos investimentos para o nosso DF.
É legítimo nos perguntarmos: vamos deixar a cidade que escolhemos viver caindo aos pedaços, e assistirmos a esse filme, sem nada fazermos?
Quanto tempo mais o povo dessa cidade precisará para acordar e tirar do poder todos os políticos que vem “administrando” o Distrito Federal de costas para ele e sua gente.
Quanto tempo mais a população aceitará a incompetência, a negligência e o desgoverno dos grupos políticos que usam a máquina pública aos interesses próprios, ao invés de cuidarem dos bens da sociedade, em sua coletividade?
2018 é ano eleitoral, é chegada a hora de revitalizarmos a política, de humanizarmos os atos dos governantes, e, sobretudo, gerir todos os bens públicos voltados para os indivíduos, famílias e comunidades, em primeiro lugar.
Somente um Plano de Desenvolvimento Humano e Integrado, com respeito ao meio ambiente, será capaz de reinventar novos modos, novas ordens, novos projetos, verdadeiramente atentos às reais demandas dessa jovem cidade.
As mulheres e homens de bem, que escolheram este lugar para trabalhar, estudar e viver plenamente e felizes, precisam unir-se a nós, na reconstrução dessa cidade. Uma cidade ética, justa, solidária e, sobretudo, saudável.
Precisamos acordar, porque, se seguirmos dormindo, fica a pergunta: até quando, cuidar da cidade não é problema nosso?
E deixá-la caindo aos pedaços, escancaradamente, a céu aberto, não é de minha “conta”?
A hora, é agora. Vamos, juntos(as), resgatar o ideal que produziu Brasília. Essa cidade adolescente, necessita, urgentemente de outras formas de Governar.
As mudanças, também, dependem de nós.
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